quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Independência ou Mortos

Autores: Abu Fobiya (Fábio Yabu) e Harald Stricker
Editora: NerdBooks (o braço literário do Jovem Nerd)
Páginas: 160  --  Ano: 2012  --  Cores: P&B
Site oficial: link (imagens e primeiras páginas para leitura)
Acabamento: excelente. Capa dura e papel couché. Ainda vieram umas folhas plásticas por dentro que eu não entendi bem o que eram... [Proteção anti-traça, talvez? Ela começa a comer a capa, aí bate no plástico e volta, sem atravessar o livro? Não sei, foi pro lixo.]  --  ISBN: 978-85-913277-2-0
Tamanho: um pouco menor que uma folha A4.

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Ok, eu queria mais zumbis! [KZMB, a rádio zumbi! Miôôôlos!]. Mas, isso de lado, gostei bastante da história. Achei pena alguns personagens morrerem quando já nem tinha mais muita página para a morte ter algum uso [até teve, mas um final feliz também era bem-vindo] ainda mais que a história é principalmente de humor, mas está tudo bem. Mas que seja mencionado, nem todas as mortes foram em vão. Uma delas levou à uma excelente cena de desmiolação que eu tiro meu chapéu.

Ouvira o podcast-jabá do JN sobre o tema (Nerdcast 327: Making of Independência ou Mortos, início em 18min,50seg) e esta cena foi alardeada como "A" cena. Ok, Senhor da Oceania [no meu tempo eu usava mais Oceânia - mas as duas formas estão certas], a expectativa não foi em vão. Ficou muito bom!
[eu só não teria escrito "por ora" naquela parte. "Por ora" significa que pode voltar a ser como era ou mudar, o que na situação é uma baita dupla maldade. Não posso explicar sem dar spoilers... fica a sugestão, para a 2ª edição, de trocarem por "doravante"] [hei!, não reclama de eu ser chato não, você viu o nome do blog quando entrou aqui. rs!]

A propósito, ouvir o podcast não é obrigatório, mas é interessante mesmo assim. Independentemente dos autores serem amigos dos donos do site e ser um baita papo de bar, é uma entrevista cheia de curiosidades sobre como foi o processo de criação e desenho. Vale a pena mesmo para quem não já é fã do site.

Se bem que sem ouvir o podcast acima eu talvez não tivesse entendido a cena do bigode logo de cara. Na hora pareceu que ele estava só retesando o maxilar (!?). Fica a dica para prestarem atenção quem for ler depois de passar por aqui [HA! Ninguém! rs! façamos o seguinte, na impossível situação de você ficar conhecendo o quadrinho por ESTE blog... deixe um comentário. Eu não vou dar prêmio algum, mas faz o seguinte, escolha um tema qualquer que farei uma postagem sobre ele. De repente só dizendo que não tenho nada para falar sobre o assunto, caso realmente não tenha, mas prometo que o pesquisarei por uns 15 minutos. Ou, nunca se sabe, talvez o tema me interesse...]

Voltemos ao quadrinho, que é o que importa. Ah, antes disso, para quem for ouvir o podcast indicado acima, de repente é legal também ouvir antes o Nerdcast 172: Histórias do Brasil Império. Onde vários personagens são criados, por assim dizer.

Voltemos novamente ao quadrinho, e acabei de notar que estou com o péssimo hábito de sair falando o que achei antes mesmo de dizer qual a história.

A história: Dom João VI, fugindo de Portugal durante a era Napoleão, vem para o Brasil. Até aí, igual à História com H. O detalhe é que sua mãe, Dona Maria, a Louca, ao invés de doente mental, era na verdade um zumbi. E daí em diante a história oficial sofre um processo de quentintarantinização e despiroca tudo.

Aproveitando, o Wolverine-jovem aparece na história? Vi um cara com o que pareciam 3 garras e aquele penteado meio esquisito. [eu podia dizer a página, mas não vou não]

Como eu disse, queria zumbis mais presentes, mas a história é muito bem desenhada e o enredo é interessante e fácil de acompanhar. Bem, interessante 90% do tempo. Algumas coisas foram mais infantis do que eu gostaria, mas, convenhamos, você pode chamar de Graphic Novel se quiser, mas é um gibi sobre Dom Pedro I matando mortos-vivos. Então vale. Mas só comentando, as partes que menos gostei foram as envolvendo a Carlota Joaquina e o médico. E por falar em infantil, há algumas cenas de sexo, então talvez não seja a revista mais indicada para vocês comprarem para os miúdos no Dia das Crianças. [em que mundo vivemos... eu falo que a revista não é para crianças por causa de peitos e insinuações... não por causa da violência e carnificina].

E novamente voltando, é tudo divertido e levado com muito humor, na cara de pau. Há uma cena rápida onde aparecem catapultas na história, por ex., eu tive que rir ao ver que o som delas era "TOIM!". [ok, pode ser um exemplo cretino, mas meu senso de humor é cretino. tem muito mais piadas do que essa, não se preocupem] Destaque também para referências históricas, ainda que bem embaralhadas, e o discurso inspirador final, com partes de vários hinos, que ficou muito legal.

E tem zumbis! É mais uma chance de, nas palavras dos autores, "... saborear o doce gosto que só a matança amoral de zumbis proporciona."

E é isso. Esse é um daqueles casos com tanto site falando, que posso parar por aqui. Fica a recomendação. E não sou daqueles que recomendam e compram tudo que Jovem Nerd anuncia. Realmente ficou bom. MUITO bom!

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