domingo, 15 de abril de 2012

Zomblog: The Final Entry

Pois é... Ao que tudo indica o nome do livro (The Final Entry) não era pegadinha. [All good things...]
Não há muito o que se falar. Podem ler meus comentários sobre o 1º e o 2º Zomblogs na postagem anterior. Após se recuperar dos ferimentos ao final do 2º livro, o protagonista parte em direção à Las Vegas.

Autor: T.W. Brown  --  Páginas: 210  --  Ano: 2011
Editora: May December Publications

A história nesse livro novamente abrange um período de 1 ano. E como se passa principalmente no deserto, a quantidade de zumbis e gangs à lá Mad Max novamente diminui [bem... Mad Max era no deserto... ah, dane-se!], já a quantidade de bolsões de humanidade aumenta bastante. Mas ainda tem zumbis suficientes para divertir. E o estilo ainda é o mesmo dos 2 primeiros. Continua bom. É mais do mesmo? Claro! Mas era exatamente o que eu queria.

De ruim mesmo, só que terminou. Pô, o escritor tem outra série de zumbis que terão cerca de 12 livros. Ele não podia revesar com essa, de repente? 7 pra cada?
Bem, agora é esperar o próximo Day By Day Armageddon e ler o que mais eu tiver de zumbi, para ver se no meio eu descubro algum outro estilo ou escritor interessante. [e provavelmente comprar a outra série deste.]

Mas fora isso, o livro tem seus pontos ruins. Um deles foi a revisão. Putz, eu não falo inglês nativo nem nada, e achei erro atrás de erro. Alguns de digitação, letras fora de ordem que até o revisor do Word acharia (como se eu tivesse escrito "wrod" ao invés de "word", por exemplo) e outros de pura desatenção mesmo (teve uma hora que eu esbarrei num "here"(aqui) ao invés de "hear"(ouvir)). E isso foi pelo livro inteiro. Uma das críticas na Amazon falou que os erros aumentaram a medida que o livro avançou... Ainda bem que meu inglês não é nativo. Se os erros que vi me incomodaram, imagine se eu tivesse visto muito mais!

Piadinhas sexuais também aumentaram no livro. Ok, pessoas fazem piadinhas sexuais e com partes de seus corpos. Mas era uma quebra de clima num livro sem humor.
Outra coisa, que eu não lembro bem como estava no 2º (no 1º nem tanto, que zumbi ainda era novidade), é que achei os personagens bem descuidados. Ok, é outra coisa natural, o ser humano fica mais relapso. E o protagonista estava mesmo um pouco mais arrogante, achando que sempre ia se safar, mas sei lá... Não lembro agora de todas, mas achei que várias das mortes no livro teriam sido evitadas - não por mim, que teria virado almoço de zumbi logo de cara, mas pelos próprios personagens.

Uma coisa que não sei se foi proposital, para um possível spin-off, mas muita coisa fica em aberto. Tem uma hora que um dos personagens pede licença e volta 2 dias depois coberto de sangue. Quando o questionam ele basicamente manda um "Se mete nisso não!" e fica por isso mesmo. Em outro momento vemos ao longe humanos carregando manequins pelo deserto. E fica por isso mesmo também. Na verdade, eu até gosto destas faltas de explicação. Como a história é toda pelo ponto de vista do protagonista, e ele não pode saber tudo sobre tudo, nós também não podemos. Não é uma reclamação então, mas achei interessante ressaltar.

Ah, outra coisa, é que várias vezes pelo livro parecia que o escritor queria evitar fãs chatos dizendo "ei, isso não ia funcionar", e aí o escritor faz o próprio personagem ficar pensando "não sei como isso acontece, mas está aqui, e está acontecendo... " que é pra evitar qualquer reclamação de falta de realismo.
Eu até entendo a posição dele. Se você faz um morto andar, tem mais é que esquecer esse papo de realismo. Mas era melhor seguir em frente e pronto. Ok... em boa parte das histórias de zumbi uma tática comum é ir para um lugar com neve, para eles congelarem. E nesse livro eles não congelam! [em Dead Snow também não. E as roupas ao invés de apodrecerem, ficam mais brancas e limpas]
Ok! Eu estou tranquilo com isso. O que chateava era o cara fazer o personagem pensar nisso. Mais de uma vez. Ora sobre neve. Ora sobre eles não ressecarem até pó no deserto. Ora sobre eles não apodrecerem.

É até possível que num "caso real", depois de ver tanto filme de zumbi, se eu escrevesse um diário para as gerações futuras, eu gostaria de frisar no que nós fomos "enganados". Mas isso é forçar a barra para justificar. Na hora, lendo o livro, a única coisa que eu pensei foi que o autor estava querendo mandar um aviso de "eu sei, no filme que você viu não foi assim, mas no meu livro é!" Muito provavelmente o autor não teve essa intenção, mas na hora pareceu e incomodou. Então pronto.

Mas é isso. É um bom livro. Ainda no mesmo esquema de diário dos anteriores. Com uma capa melhor que o segundo livro, apesar de não ter entendido bem a escolha (os lobos aparecem rapidamente e sem grande utilidade no meio do livro). Se você gosta de zumbis, é uma leitura agradável e rasteira. Comecei na manhã de quarta e terminei agora. E demorei isso tudo porque só o lia no ônibus ou antes de dormir. E sem pressa. [tanto no ônibus como eu casa, as vezes eu preferia dar ênfase à parte de dormir].

Para terminar, algumas resenhas dos outros:

OBS e rápido spoiler: eu nunca falo do protagonista por um bom motivo. Nem o sexo eu dou. Como lendo abaixo vocês entenderão porque, vou logo dizendo: o cara que começa o 1º livro morre! Daí em diante a história muda para para uma mulher. Pronto. Entreguei.

The Zed Word (resenha do 1º livro)
Nicole Storey's Chaotic Thoughts (do 3º)
The ZombiePhiles (e resenha dos 3 livros da série e mais alguns)

Só um comentário final: porque ninguém gosta da Meredith? Será que minha queda por ruivas me fez fazer vista grossa? Eu não a achei tão detestável assim como a maioria das resenhas pinta. Ok, fez merdas evitáveis e não é boa praça como o cara que morreu... Mas não é a escrota que dizem.

E agora estou lendo Asimov. Nada como o Bom Doutor para desopilar um pouco o drama e a correria dos últimos livros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário